domingo, 1 de julio de 2007

..Rock me, rock you, rock Raul...

10/09/2006
Quando em 1970, num sábado, em meio de uma apresentação minha no programa Poder Jovem, resolvi cobrar o meu pagamento no ar! estava atrazado a mais de 3 meses.. foi um escândalo! A co-produtora Dometila Garrido quase desmaiou, o pessoal da técnica não queria acreditar na que estava acontecendo, os outros artistas chocados, boquiabertos.. O supervisor administrativo dr. Paulo Nacif caiu do salto! Desceu correndo do seu escritório, me pegou pelo braço, levando-me até a saída da estaçâo, e assim, fui expulso da TV Itapoan. Sem trabalho mas com a alma lavada, me mandei pra o centro da cidade, para esperar o resto dos amigos, principalmente Berimbau e Carlos Gazineo, pra saber dos comentários nos bastidores da TV..
De repente, na frente da prefeitura, ali na Praça Municipal, dou de cara com o Raulzito! Eu não o via ha muitos anos.. Estava me procurando: – ‘eu quero falar com você! Estou precisando de um cara como você!’ Me deu um susto.. Meu deus, pra que será que quer uma 'bicha louca' como eu?
Ele agora estava trabalhando como produtor da CBS Discos, e já não tinha o conjunto os Panteras.. Ali mesmo me explicou que queria levar-me para o Rio, para que eu gravasse sob a sua direçâo! Me pegou de surpresa, e claro que aceitei na hora.. Lhe expliquei a inha situaçâo naquele momento, e êle se dispôs a pagar-me a passagem (de ônibus..) ao sul...

A TV me pagou o que devia e em uma semana, estava eu no Rio de Janeiro, fresquissimo, `inocente, puro e besta´, contratado como cantor para CBS, sob a produção de Raulzito.. Foi uma coisa que me surpreendeu muitissimo, porque eu fui o único dos seus amigos da Bahia, que foi convidado para trabalhar com ele! E olhem bem que haviam outros que tinham mais intimidade ou aproximação com ele..
Passei a frequentar a sua casa, e bolar o que faríamos. Raulzito estava casado com a Edith, uma americana muito simpática.. Eu ia muitas vezes jantar com eles em Ipanema e, tinham uma empregada hilária muito `na onda´, que usava uma roupa extravagante que estava na moda com uma “pelerine”.. Imaginem: o calor da zona sul, o Raul de cueca, a Edith de camiseta e bermudinha, eu de camiseta e shorts, e a empregada servindo, chiquíssima, de luva, chapéu de aba larga e envolta na tal pelerine, numa moda que não tinha nada a ver com nada.. Uma cena surrealista! Quando ela se retirava da sala, rolávamos de rir.. Muito...

1 comentario:

Anónimo dijo...

O EDY ?????
EU PREFIRO O " EDIVALDO", e ponto final!!!! UM BEIJO E UM QUEIJO.........HUMMMMM!!!!