27/09/2006
Mas, no sábado seguinte, lá estava eu! E outra vez a mesma situação com o conjunto, e o mesmo sucesso! La Bamba era o hit do momento, e eu lhe dava um novo ar de frescura...
No final do programa, nos jardins da Radio, lá estava o Waldir Serrão conversando com o Raulzito, e ouvi quando este lhe passou o numero de telefone de sua casa. E tive uma idéia: resolvi fazer uma gozação com o Raul!
E assim fiz. Um pouco depois liguei pra casa dele, e falseando a voz, me passei por uma fã, dessas ardorosas, dispostas ‘a tudo’... E o papo foi longo, inclusive ‘baixando o pau’ em mim mesmo... E prometi ligar na outra semana... Assim seguimos... Todos os sábados, depois do programa eu ligava pra Raul e conversávamos como dois namorados... As conversas eram sempre as mesmas, da minha admiração por ele, pelo conjunto, da bicharia ‘daquele cantor novo’, coisas de Elvis, cultura de rock, etc... Um mês disso, até que Raul, não sei como, gravou a nossa conversa e mostrou pra o Waldir Serrão – Raul, você é bobo... Não está vendo que é Edy?
E Raul caiu na real! Neste sábado, chegou pra mim: Você está me sacaneando? Qual é a sua? E antes que tudo acabasse em porrada, tive que entrar numa explicação longa sobre nossa relação artística ali na Radio Cultura. A coisa ficou morna... Ensaiamos, e novo sucesso, nós éramos as grandes atrações do programa. Na saída, já houve um ‘tchau’ (tomei como um bom sinal)... Neste sábado não houve telefonema... Eu hein?
Daí por diante, conversávamos sempre... Eu brincava muito com as figuras dos rapazes do grupo, todos eles muito assediados pelas garotas: Carleba com seu nariz de batata, Eladio sempre muito serio, o Mariano, alto com um ar de mordomo inglês...
Nos meses seguintes, alem da Radio Cultura, fomos convidados a abrir os shows de artistas da Jovem Guarda que se apresentassem em Salvador, nos shows do ‘Balbininho’, de Roberto Carlos, Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, Wanderlea, Rosemary, etc. Chegamos até a nos apresentar em Feira de Santana.
E houve o show no Estádio de Futebol Antonio Balbino! Imaginem: uma caminhonete com uma plataforma em cima! Os músicos tocavam em baixo, e os artistas cantavam na parte de cima, enquanto o veículo rodava o Estádio... Uma loucura aquilo, de cima quase não se ouvia os músicos, e o publico só realmente ouvia, quando o carro se aproximava... Lembro-me que nesse dia, cantei uma versão de Raul pra Satisfaction dos Rolling Stones... Oh tempo bom!
Mas juro, nunca entendi, porque com tantos outros cantores roqueiros em Salvador, eu sempre fui o preferido dos empresários e de Raulzito...
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