martes, 3 de julio de 2007

Mick Jagger, Janis Joplin, Ravi Shankar, Michael Jackson... todos eles a menos de um metro de mim... 4

15/11/2006
Ainda em 74, em Sampa, vivendo na casa de Gilson, uma manhã, eu que andava enturmado com o pessoal da imprensa, recebi um telefonema da redação da Folha de São Paulo, convidando-me para acompanhar um jornalista que ia entrevistar o Jackson Five! O grupo americano que era uma versão negra dos brancos ‘The Osmonds’, iría se apresentar em São Paulo no Ibirapuera! E claro que aceitei, e fui!
Os ‘blacks’ estavam vindo de um show no Rio de Janeiro, onde uma noite estiveram na boate 706 onde cantava o meu amigo Emilio Santiago... Na tal entrevista coletiva havia uns dez jornalistas, a maioria completamente ignorante de quem eram os Jackson Five, na naquele instante suas únicas musicas conhecidas eram ‘Go to be there’ e ‘Ben’, e as perguntas que eram feitas saíam as mais bobas possíveis, deviam ser 'estagiarios', aqueles que as redações mandam pra entrevistas sem valor... Na nossa frente estavam os cinco negrinhos, entre eles o Michael com 15 anos, e mais o pai, empresário que fiscalizava tudo com um excessivo zelo por seu patrimônio!
Eu sugeri ao meu amigo perguntar se era verdade que estavam preparando a irmã menor para substituir o Michael, que estava em fase de crescimento e mudança de voz, já não alcançava os agudos dos falsetes... Coisa que foi negada veementemente pelo pai... Não durou nem uma hora a entrevista boba e chocha: não havia perguntas...
Um dos produtores do show era o Koski, que eu conhecera por intermédio do Guilherme Araújo, que mais tarde juntos produziriam o Rocky Horror Show.
No Rio eu não sei como foi, mas em Sampa o show do Jackson Five foi um fracasso! Na tarde do espetáculo não chegaram a vender 300 ingressos, saí com o pessoal da produção, e juntos de dentro de um carro, atirávamos ingressos pelas ruas de São Paulo: completamente grátis, para que tivesse um publico razoável. Mesmo assim, não tiveram nem ‘meia casa’ de lotação! Mesmo assim, o grupo incrivelmente profissional fez um show mecânico que durou exatamente 45 minutos: cantaram e dançaram com a técnica de sempre... E tudo regido e controlado pelo pai, de dentro dos bastidores, onde eu me encontrava também...
O Jackson Five acabou e tentou levantar cabeça nos anos 90 com um disco insípido produzido pelo irmão famoso e independente, o Michael Jackson, de quem sou fã incondicional, o maior astro pop de todos os tempos, pois sei muito bem separar o artista da pessoa, e que de historias recentes não preciso recordar-lhes...
Foi assim que eu conheci o Jackson Five e tive o Michael Jackson a menos de um metro de mim...
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De repente, descubro que nessas historias existe um denominador comum, o meu amigo Gilson Rodrigues e Luis Fernando! Este há muito saiu do Brasil morou em Barcelona e agora vive em Paris. O Gilson é um dos artistas plásticos de maior sucesso em Salvador, onde alem de pintar está sempre criando coisas para artes cênicas, e vive de frente pro mar num apartamento lindo na Boca do Rio, e onde tenho o prazer de passar horas super agradáveis quando vou a Bahia...

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