miércoles, 23 de mayo de 2012

LEMBRANÇAS de MADRID _2

..de buenos recuerdos: Plaza de Oriente ! ..al fondo el Teatro Real... nunca olvidar....*
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"Edy Star" é verbete no Dicionário de Artes Plásticas do Brasil, de Roberto Pontual. Fale sobre essa sua vertente artística.
Eu desenhava desde pequeno e sempre tive bom traço. Depois, enveredei pela pintura, mas sempre como auto-didata. Fiz minha primeira exposição em 1961. Tempos depois, entrei para a equipe da Galeria Bazarte.
Tenho 32 exposições; 16 delas foram individuais. Estive presente em três bienais. Parei de pintar por falta de tempo e espaço. Mas estou voltando aos pincéis.


É verdade que Raul enciumou-se com a sua histriônica versão de "La Bamba", na Rádio Sociedade da Bahia, nos anos 60?
Sim, fui cantor dos programas de auditórios nas rádios de Salvador. Porém, conhecia Raul desde o Elvis Rock Club, ao qual tambem pertenci. Na Rádio Cultura, Raul e os Panteras encerravam o programa.
Não creio que fosse ciúmes: ele estava era puto da vida por ter que acompanhar uma bicha louca, como eu, enlouquecendo o auditório. Depois, fomos nos aproximando por meio dos papos de ensaios. Ficamos grandes amigos. Fizemos, inclusive, alguns shows juntos.


Qual era a melhor qualidade do Raul?
O bom-humor e o profissionalismo.


Como era a relação artística de vocês?
A melhor possível. Às vezes, discordávamos do valor de uma música ou outra. Mas isso nunca nos afetou, aliás, muito pelo contrário. Raul sempre me pedia para cantar o bolero mexicano "Suicídio".
Ano passado, lendo o livro Baú do Raul Revirado, li que esse bolero era a segunda canção preferida de Raul.


40 anos depois, como definiria o álbum Sessão das 10?
É um disco atualíssimo. Muito inventivo e divertido. Não fica a dever nada ao de outros movimentos. Dos álbuns de Raul, para mim, os dois mais importantes são: Sessão das 10 - é nele que Raulzito dá a virada em sua carreira e, também, porque assina, pela primeira vez, Raul Seixas; depois, Krig-Há- Bandolo!, pois é o primeiro no qual assume seu lado cantor e assina todas as composições.


Como era integrar o quarteto kavernista?
Nunca nos consideramos fantásticos ou grandes artistas. Éramos só um pessoal na batalha para estourar um disco diferente. O único elemento que destoava era a Miriam, que vinha de São Paulo. Tinha outra cultura e outra procura pelo sucesso.
Eu, Sérgio e Raul éramos, praticamente, nordestinos unidos nos deboches, nas piadas, nas críticas e no humor. Curtíamos um bom baseado para abrir a cuca, podes crer!


Há planos de voltar ao Brasil e gravar um álbum?
Não tenho gravadora e nem estou na mídia!


Comos seria se gravasse um disco novo?
Cheguei a fazer um projeto celebrando Raul Seixas. Contudo - de repente - tinha muita gente fazendo o mesmo. Também pensei num novo Sweet Edy, mas com o nome de O Último Kavernista. Ou, então, um disco com músicas do folclore nordestino.
Ou, quem sabe, faço um álbum independente de salsa e merengue: junto-me à uma banda decente com duas piranhudas indecentes mostrando a bunda. Pode não primar pela moral e pelos bons costumes, mas é o que o povão brasileiro gosta no momento. É a nossa cultura, né?



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3 comentarios:

Doutor Sujeira dijo...

Poxa Edy, que bom saber que você tá na net. Apareça! Relançe seus discos! Há muitos querendo te conhecer. Isso mesmo: querendo conhecer. Eu mesmo só vim a te conhcer de maneira muito indireta esse ano. Sou seu fã. Moro em BH.

Doutor Sujeira dijo...

Poxa Edy, que bom saber que você tá na net. Apareça! Relançe seus discos! Há muitos querendo te conhecer. Isso mesmo: querendo conhecer. Eu mesmo só vim a te conhcer de maneira muito indireta esse ano. Sou seu fã. Moro em BH.

Carolina dijo...

Edy, te vi andando no centro de SP esses dias, queria ter falado contigo, mas fiquei com vergonha, depois não te vi mais. Uma pena!
Pra mim, Sociedade da Grã-Ordem Kavernista é o melhor álbum da carreira do Raul, e um dos melhores álbuns da música brasileira.